Projeto Little Africa Maio prevê criar cerca de 4 mil postos de trabalho em Cabo Verde

O promotor do projeto Little Africa Maio, Enrique Banuelos, disse à Inforpress que a rede que representa pretende investir no sector do turismo, construindo na primeira fase ‘resorts’ que vão criar cerca de quatro mil postos de trabalho.

Segundo Enrique Banuelos, este é um “projeto único”, tendo em conta que vai possibilitar aos turistas das diversas nações conhecerem um pouco da cultura e da história do continente africano.

É que conforme explicou, no projeto consta uma parte de turismo cultural, no qual está incluída a construção de um pavilhão para promover cada país nos seus diversos aspetos.

Aquele representante afiançou que estão a contar com parceiros específicos africanos, nomeadamente em Marrocos e Nigéria com alguma experiência no ramo.

Além disso, acrescentou aquele promotor que vai ser construído um hospital privado internacional de primeiro nível, assim como um colégio e todos os “facilities”, desde centro de congresso e entre outros para que as empresas internacionais possam divulgar os seus trabalhos em África, bem como os seus negócios.

O Little Africa Maio, que está orçado em cerca 550 milhões de euros, vai ser autossustentável, apostando na ecologia em que toda a energia a ser consumida vai ser produzida a base de energia fotovoltaico e eólica e, ao mesmo tempo, toda a água a ser consumida será dessalinizada e posteriormente tratada para usos posteriores, devendo acontecer o mesmo com o lixo produzido.

Questionado o porquê da escolha do Maio, Enrique Banuelos afirmou que a ilha já tem todo o processo de cadastro de solo concluído, bem como a sua proximidade com a ilha de Santiago, onde existem todas as infraestruturas importantes para o desenvolvimento deste projeto e ainda alberga a capital do país.

“Para além das suas características, suas paisagens, seu tamanho e por ser também ainda uma ilha virgem” enfatizou, acrescentando que acreditam que dentro de três anos este projeto vai estar operacional albergando todos os aspetos culturais, históricos e ambiental do continente africano.

Todavia, Enrique Banuelos avançou que todo este projeto está dependente da conectividade, por isso disse ter já manifestado ao Governo a necessidade da construção de um aeroporto internacional de médio porte com um terminal de carga, por forma a permitir a ligação com toda parte do mundo.

Para evitar a situação de construção clandestina na ilha, aquele representante garantiu que o projeto vai contemplar a construção de alojamento para os trabalhadores, principalmente os que virão das outras ilhas, aliás afiançou que este foi um dos compromissos assumidos na apresentação do projeto na conferência dos ministros de turismo de governos africanos.

Por seu lado, o presidente da Sociedade de Desenvolvimento Turístico das Ilhas da Boa Vista e Maio, Luís Silva, salientou que este projeto, cujo arranque está previsto para Janeiro de 2021, vai criar “grandes oportunidades” para pequenos e médios investidores local e nacional.

No final deste projeto, Luis Silva defendeu ser primordial que a ilha venha ter um aeroporto internacional para viabilizar o investimento.

“O promotor teve os primeiros contactos connosco, conheceu os nossos planos e ordenamento turísticos que temos desde há muito tempo e verificou que tem aqui todas as condições para implementar o projeto, iniciamos conjuntamente a trabalhar o projeto até a assinatura de um pré-acordo em Dezembro do ano passado”, contou.

Deste modo, aquele representante manifestou a sua convicção de que existem todas as condições para assinatura do contrato final no próximo mês de Dezembro, de modo a que o projeto arranque na data prevista, ou seja em Janeiro de 2021, para tal explicou, “uma das exigências é que tínhamos a garantia de 70 por cento (%), da realização de todo o complexo”.

Inforpress/Fim.

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